O Poder de Ser e o Poder de Possuir
Capítulo 5 do

O Anticristo e a salvação da humanidade

Segunda parte do Livro do Anticristo

di Claudio Simeoni; tradução para o português por
Dante Lioi Filho

Cod. ISBN 9788891170873

O Anticristo e a salvação da humanidade

 

5) O Poder de Ser e o Poder de Possuir

 

O Poder de Ser funda-se sobre o desenvolvimento do Ser, ao desenrolarem-se as possibilidades oferecidas pela própria espécie.

O Poder de Ser, nos Seres da Espécie Humana, edifica-se com o uso das mãos e com a expansão da Energia Vital.

O seu oposto é o Poder de Possuir que é constituído com a apropriação da habilidade de outras mãos, e com o bloqueio da Energia Vital em outros Seres da mesma espécie.

No social, o Poder de Possuir alicerça a sua força exclusiva na uniformização do comportamento dos indivíduos da Espécie Humana, e debaixo do "cano do fuzil".

O Poder de Possuir é carnificina, massacre, extermínio no agir do quotidiano.

O Poder de Ser é reiterar o direito subjetivo à vida, à riqueza da vida, não somente a sobrevivência nos limites da miséria do característico social.

O Poder de Possuir erige a sua força específica transformando a sociedade dos Seres Humanos em escravos preparados a produzirem obedientes (e aptos a dilapidar), que são simples objetos, a responderem os desejos do Comando Social, em vez de responderem às suas próprias necessidades.

O Poder de Ser erige a sua força específica na habilidade particular das mãos e no incomparável trabalho em si mesmo.

O Poder de Ser sustenta e estimula a quem cresce, se expande e evolui, além de ser crítico, bem como permanece mudo ao que diz respeito aos Seres que se consideram "realizados".

O Poder de Possuir usa armas para espoliar a quem cresce, e para beneficiar a quem acredita "estar realizado".

O Poder de Ser é o expandir a vida. De cada vida no equilíbrio da Natureza, reconhecendo o direito da Natureza em equilibrar-se e manter-se.

O Poder de Possuir é o controle mecânico da vida: de cada vida. É o controle da Natureza atribuindo-se um direito de exterminar o que a Natureza produz, preservando apenas as formas de vida que mais lhe agradam, e exterminando todas as outras formas de vida.

Ser e Possuir não se reconciliam.

Possuir não significa a retenção das coisas capazes de satisfazerem as necessidades particulares, mas entende-se um aparato, um mecanismo que tem como função apoderar-se dos Seres da própria espécie, de modo que os Seres dominados funcionem não para a satisfação das suas necessidades individuais. [Uma força de domínio...] externa [ao homem e a mulher singulares], uma força que em si mesma não teria razão para existir.

Um aparato cuja ação tem a finalidade de reproduzir a si mesmo através da renovação do prazer de possuir.

Segunda Parte de "O Livro do Anticristo" capítulo quarto: O PODER DE SER E O PODER DE POSSUIR!

NOTA: Este capítulo foi ignorado embora tenha sido a primeira resposta pagã, a grosso modo, ao "Ser e Possuir" de Fromm. Hoje, seguramente, a resposta a escreverei de um modo muito melhor, mas este representa o imput emotivo do qual, depois se desenvolverão discursos mais articulados na construção do Poder de Ser subjetivo tal como na Mistura do Bruxo (Crogiolo dello Stregone):

A Mistura do Bruxo (Il Crogiolo dello Stregone)

NOTA: este quadro foi colocado na web em 24 de novembro de 2007, há mais ou menos oito anos após o restante dos capítulos do Livro do Anticristo.

Formatação atual realizada em

Marghera, 10 de abril de 2014

 

Aqui você pode encontrar a versão original em italiano

 

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Claudio Simeoni

Mecânico

Aprendiz Stregone

Guardião do Anticristo

Tel. 3277862784

e-mail: claudiosimeoni@libero.it

Livro do Anticristo

O Livro do Anticristo foi escrito no ano de 1985. Aquela versão foi modificada até 1990. O Livro do Anticristo foi colocado na web muito rápido, e sofreu formatações de páginas diversas segundo como os sites apresentavam as páginas web. A versão que apresento é a versão original do Livro do Anticristo na cópia que por um ano foi guardada na Siae (Sociedade Italiana dos Autores e Editores) como Obra prima. Ter-se descoberto que o Livro do Anticristo, que se inicia com a visão da formação do Universo, nada mais elabora senão a resolução do paradoxo de Hegel, que faz coincidir o Ser com o Nada, e com a previsão de enfrentar esse argumento na Teoria da Filosofia Aberta, foi o que me levou hoje, 09 de Abril de 2014, a refazer a formatação do livro inteiro.