Quem são os e porque tornam-se os Guardiães
Capítulo 10 do

O Anticristo e a salvação da humanidade

Segunda parte do Livro do Anticristo

di Claudio Simeoni; tradução para o português por
Dante Lioi Filho

Cod. ISBN 9788891170873

O Anticristo e a salvação da humanidade

 

10) Porque homens e mulheres preferem tornarem-se os Guardiães
(Quem são os Guardiães (do Anticristo) e porque homens e mulheres
tornam-se Guardiães, capítulo vinte e um do Livro do Anticristo)

 

A Entidade Anticristo é uma Entidade organizada para um trabalho específico. É uma Entidade resultante dos propósitos de numerosas Autoconsciências que emanam na estrada do Ser.

A Entidade Anticristo está organizada para combater e lutar contra um obstáculo comum à expansão das Autoconsciências, que a compõem.

A Entidade Anticristo está organizada para a construção do reequilíbrio e para o fluir livre, desobstruído, da Energia Vital.

Alguns dos Seres, que integram o Anticristo, são as Entidades que, no que lhes concerne, porquanto são Autoconsciências resultantes de outras mais Autoconsciências derivadas do rumo à estrada do Ser. Outros são Seres da Natureza, dos quais a Autoconsciência alcançou a última etapa do desenvolvimento individual. Outras, ainda, são Seres apaixonados pelo existente e que, ao longo dessa paixão, expandem as asas da percepção.

O termo natureza designa um complexo de coisas, relações e situações que se reproduzem, gerando vida na superfície do planeta. A NATUREZA é uma Autoconsciência formada pela participação de todos os Seres que nascem no seu seio, desenvolvem-se e crescem, buscando a evolução da própria e específica Autoconsciência ao longo do caminho específico do Ser. Duas ou mais forças unidas resultam em uma força. Esta última é uma força que contém em si mesma todas as forças participantes e que está pronta para formar outras forças, e que se une às outras forças sucessivas.

Diferente da NATUREZA e de outras Entidades, a Entidade Anticristo, ao alcançar o seu desígnio, se desvinculará e todos os Seres que a compõem continuarão com a evolução particular da Autoconsciência, mais rica e muito mais forte do que antes.

Também o Ser Humano, sob um certo ponto de vista, é uma Entidade (entendida como um conjunto de mais Seres da Natureza) enquanto constitui uma agregação de células vivas e dotadas de sensibilidade, reunidas em uma construção estável e ajustadas à adaptação, em virtude de um objetivo que é a construção de um Ser Luminoso do qual a sua força é a soma das forças das células individuais que estruturaram-no.

A intenção e a finalidade prescrevem um escopo e movimento ao Ser Luminoso. É de costume considerar um Ser vivente como sendo uma Consciência única, e está correto, uma vez que é sempre comparada à Consciência em sua inteireza neste momento, à medida que é Autoconsciência resultante das Autoconsciências de cada e de todas as células individuais.

O que acontece ao Ser Humano quando este atingiu o objetivo que o seu conjunto de células preestabeleceram? O corpo físico é abandonado para ser reutilizado, reciclado por outras forças viventes, enquanto o corpo luminoso usa a Consciência, que se desenvolveu pela atividade do Ser, que usou-a no corpo físico, dando continuidade à evolução dessa Consciência. Sob a condição de que a vida tenha sido utilizada pelo corpo físico para cultivar Consciência e Poder pessoal do indivíduo.

Na expansão da vida, Seres se solidificam ou se desligam incessantemente na medida em que o interesse recíproco leva-os a unirem-se ou a dividirem-se. Em cada movimento, qualquer movimento, implica na aquisição de Poder Pessoal.

Cada movimento consente adquirir-se Poder Pessoal se esse movimento é sustentado pela intenção em sua finalidade.

Se a formação da Entidade Anticristo não fosse de um interesse recíproco, e de vantagem mútua para a NATUREZA, para os Seres além do quarto nível da Espécie Humana, para o Planeta Terra, para os Planetas do Sistema Solar, para os Stregoni (os Seres Humanos nos quais a evolução da Autoconsciência em direção ao Ser levou-os a usarem indiferentemente o Corpo de Sonho e o Corpo Físico, e que estão capacitados para manipularem as Linhas de Tensão que atravessam a Espécie Humana), para os Seres Humanos que protestam em favor da própria existência diante de todos os poderes do Universo, de modo a evoluir com a Autoconsciência, em direção à estrada do Ser, então não haveria razão para eles existirem nem haveriam condições para que existissem.

Do processo para a conquista do objetivo, a Entidade Anticristo extrairá vantagem na sua linha de chegada, finalmente, sobre os Seres que desejaram interromper, bloqueando a evolução desse objetivo e impondo uma batalha para forçarem o comportamento de outros (os adversários são os Stregoni e os Seres "mágicos" que correspondem à outras espécies da natureza); a NATUREZA extrairá vantagem com o fim do horror, ao que diz respeito a ela, ao que se refere ao seu desenvolvimento tanto na terra como no mar; os Planetas do Sistema Solar extrairão vantagem com uma ligação de desenvolvimento de outras Naturezas; o Ser Sol discernirá ulteriormente que a dispersão da sua Energia Vital própria, no espaço, será atenuada; os Stregoni e todos os Seres Mágicos poderão abandonar os seus corpos físicos ou de qualquer modo o plano do quotidiano da razão: a passagem ao quarto nível de evolução da Espécie Humana, então, terá se tornado patrimônio da Espécie Humana!

E a Espécie Humana? Esta é o objeto fundamental da ação do Anticristo.

A Espécie Humana é o objeto da discussão.

Ou melhor, é o objeto da disputa entre a Entidade Anticristo e os Seres que se autoproclamaram deus criador e patrão do mundo. A Espécie Humana fornece a eles a Energia Vital Estagnada como emanação da sua existência do mesmo modo como essa existência formou-se nos últimos doze ou treze mil anos. Os Seres que se autoproclamaram deus prepararam um projeto de dimensões planetárias cultivando-o e adaptando-o, de gerações em gerações, por milhares de anos.

Seres existentes desde há milhões de anos, talvez centenas de milhões de anos, que se aperfeiçoaram e elaboram os seus planos para aperfeiçoarem o crescimento da Espécie Humana.

O Ser Humano o que faz? Tempera e adorna, com criações fantasiosas da razão, as suas próprias incertezas e dúvidas particulares: conversa fiada.

Conversa fiada, justificando como ato natural a produção da Energia Vital Estagnada para o uso e consumo dos seus deuses próprios. Ao invés de estar propenso a acumular Energia Vital e Poder Pessoal, para poder desenvolver a sua específica Autoconsciência, limita-se a anular-se pouco a pouco, para produzir Energia Vital Estagnada. Condimentando o todo com conceitos tipo a fatalidade ou o querer divino.

Merda!

Qualquer animal, antes de ser domesticado, tenta de qualquer modo rebelar-se opondo-se à instrução que lhe é fornecida, e todavia, nenhum animal na natureza sacrifica deliberadamente os seus filhos a uma outra espécie. A Espécie Humana não somente assim procede mas, através do Condicionamento Educacional sofrido, construiu também um aparato ideológico feroz com o único escopo que é o de construir justificações diante da sua Consciência particular pelo fato de ter renunciado a própria existência.

Nem todos os Seres Humanos, no decorrer da existência da espécie, se rebaixaram ao complexo das diretivas do Comando Social. Só pelo fato de que deuses foram obrigados a mudarem de nome e ideologia centenas de vezes, no decorrer dos milênios e nas várias culturas humanas, está a indicar a resistência contra a sujeição da Espécie Humana.

Quantas vezes os deuses (que se autoproclamaram criadores) têm sido repudiados! Quantas vezes tiveram de recorrer à chacina de povos que não quiseram aceitar um deus-patrão! Quanta resistência encontraram, na Espécie Humana, os Seres que se ostentaram representantes de um deus-criador, antes que ela se curvasse aos desejos deles!

A resistência é sempre clandestina; posto que o direito à palavra e à expressão, ou seja ao direito do pensamento livre cessa de existir quando é colocado em discussão o "direito" dos representantes de deus na terra de traficarem e cultivarem escravos.

Igualmente quando um povo era reduzido à miséria física e moral, a resistência era mantida aos pés dos Stregoni do próprio povo. Quem são eles?

Stregoni (Bruxos) são aqueles Seres Humanos que, para a busca do Conhecimento e Consciência, ou por uma série de causas, desenvolveram o Poder Pessoal individual, e por isso tornam-se capazes de controlar tanto o corpo físico quanto o corpo de sonho e, por paixão à espécie a qual pertencem, aprendem a influenciarem nas Linhas de Tensão que atravessam a Espécie Humana. Poderiam, a qualquer momento, abandonar o corpo físico e concentrarem a Autoconsciência e o Poder Pessoal particular no corpo luminoso.

Os sentimentos e a troca mútua da Energia Vital coligam os Stregoni ao quotidiano da razão e, mais ainda, eles não estão dispostos a renunciarem ao acúmulo do Poder de Ser que o desafio provoca, de modo que esse acúmulo consente-lhes a solidificação desse Poder. O Stregone tem uma paixão pelo Universo e a manifesta, dessarte tornando-se um só com a sua espécie.

Cada espécie "animal" ou "vegetal" da Natureza por esta, dentro dela, assim está estabelecido nesses Seres. Normalmente não agem dentro da própria espécie, mas cultivam o Universo de modo que movem-se viajando de situação em situação; no entanto, quando situações críticas são produzidas no povo ou na espécie em que vivem, agem e tornam o desafio da existência como o desafio que lhes diz respeito.

Esse agir permite o surgimento de muitos modos para o pensar, muitos modos de ser, muitos modos de ter e de fazer.

Não é dialética: trata-se somente de muitas maneiras de se pensar, de ser, de ter e de fazer em relação às situações diversas. Isto permite à Espécie Humana aliviar-se ligeiramente do peso da opressão dos autoproclamados deuses.

A opressão, o jugo dos Seres, que se anunciaram como deuses criadores não terminou, ao contrário, pois sucede que estes agem diretamente em vez de buscarem uma intercessão entre a exigência deles e o gado deles, que está destinado a satisfazer essa exigência. As estruturas de adoração dos Seres que se anunciaram como deuses (igrejas, comunidades, seitas, religiões etc.) não mais dispõem de poder pleno sobre a face do planeta (mesmo que aqui e acolá estruturas teocráticas tendem a assenhorearem-se de todo o poder do Comando Social), mas na maior parte dos lugares o poder deles é mediato e subordinado à outras estruturas de poder, com interesses diversos, e muitas vezes antagonistas.

Isto não significa que a ação dos Stregoni tenha cessado. Significa que povos e comunidades, como aqueles exterminadas ou empobrecidas por aqueles que professam o deísmo por serem insubordinados ao deus-patrão, têm maior possibilidade para existirem e se proliferarem levando-se em consideração a uma centenas de anos transcorridos.

Isto não significa que uma estrutura sócio-política-econômica garanta ao indivíduo, ou a uma comunidade, exercer livremente o vir a ser particular; significa apenas que existe menos possibilidade de finalizarem com a vida sobre fogueiras (mas não é uma garantia absoluta), e maior possibilidade de evoluir no vir a ser particular sem que os partidários do deísmo possam trocar da posição de caçadores do conhecimento, e sabedoria, para usarem das armas.

Isto significa aliviar a incumbência dos Stregoni, para que os Seres Humanos, dentro do dia a dia da razão, tenham força e capacidade para favorecerem em suas próprias mãos o vir a ser típico.

Isto significa que não é mais necessário para os Stregoni alastrarem o grande poder pessoal para permitir a sobrevivência do povo ou da Espécie à qual pertencem, por serem o próprio povo, ou a Espécie, que está em condições de gerar dentro dela indivíduos aptos para reclamarem a liberdade do agir para que o Poder de Ser individual seja construído.

Liberar os fluxos de Energia Vital no interior de determinado povo, de cada povo!

Isto enfraquece os Seres que se anunciaram como sendo o deus criador, e iniciar um processo imenso que tem como finalidade a destruição da produção de Energia Vital Estagnada no interior da Espécie Humana. Existem muitas associações de Seres Humanos, e não apenas e tã0-somente Seres Humanos, que estão agindo para se oporem contra a difusão da Energia Vital Estagnada.

Alguns indivíduos dão prioridade a algumas particularidades, outros consideram de urgência outras situações.

Inclusive se, com frequência, a razão enumera, ou identifica, indivíduos que têm a prioridade pelas suas escolhas rumo à Autoconsciência para a evolução do Ser, trata-se sempre de indivíduos que estão inclinados a liberar o agir para a conquista do avanço do Poder de Ser.

Estes são os GUARDIÃES!

Guardião é um modo de ser diferente de um Psiquista.

Enquanto o segundo está consciente da necessidade de evolução da Autoconsciência e da concentração do Poder Pessoal e agirá na Espécie Humana avaliando isto como um momento de desenvolvimento do próprio ser; o Guardião pertence ao quotidiano da razão, no qual levará o seu poder pessoal particular, a sua percepção específica e da qual receberá Energia Vital com o consequente sentido da existência.

O Psiquista está em condições de viver em si, enquanto percorre as veredas do Universo; o Guardião pertence ao Sistema Social e acumulará o seu poder pessoal individual em contraposição ao Comando Social.

Segunda parte de "O Livro do Anticristo" décimo capítulo: QUEM SÃO E PORQUE TORNAM-SE OS GUARDIÃES!

Formatação atual realizada em

Marghera, 10 de abril de 2014

 

Aqui você pode encontrar a versão original em italiano

 

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Claudio Simeoni

Mecânico

Aprendiz Stregone

Guardião do Anticristo

Tel. 3277862784

e-mail: claudiosimeoni@libero.it

Livro do Anticristo

O Livro do Anticristo foi escrito no ano de 1985. Aquela versão foi modificada até 1990. O Livro do Anticristo foi colocado na web muito rápido, e sofreu formatações de páginas diversas segundo como os sites apresentavam as páginas web. A versão que apresento é a versão original do Livro do Anticristo na cópia que por um ano foi guardada na Siae (Sociedade Italiana dos Autores e Editores) como Obra prima. Ter-se descoberto que o Livro do Anticristo, que se inicia com a visão da formação do Universo, nada mais elabora senão a resolução do paradoxo de Hegel, que faz coincidir o Ser com o Nada, e com a previsão de enfrentar esse argumento na Teoria da Filosofia Aberta, foi o que me levou hoje, 09 de Abril de 2014, a refazer a formatação do livro inteiro.