GAIA (ou GEA):
o Ovo Amarelo em Zona Negra!

A Estirpe dos Titãs

As imagens da religião Pagã
Teogonia de Hesíodo

Claudio Simeoni
traduzido por Dante Lioi Filho

Il libro

 

A Estirpe dos Titãs em Teogonia de Hesíodo

"Do Caos nasceram Érebo e a Noite negra
Da noite provieram Éter e Dia
que ela concebeu a Érebo unida em amor"

Diante disto, CAOS, a razão, se perde, e diante disto CAOS, a percepção, desaparece.

Caos é Érebo negro; a razão e a percepção dos Seres se apercebem de Caos, como Érebo negro. Nele não existe nada que possa ser distinto da razão ou da percepção.

Somente GAIA está no Érebo negro!

Somente GAIA está suspensa no nada que agita a razão e a percepção. GAIA é a objetividade e a subjetividade de Érebo.

GAIA, na teogonia de Hesíodo, deve ser entendida de dois modos. É o SER que deriva do NÃO-SER gerando Dia e Éter, arrastando o que estava no Érebo.

É o Ser Terra que surge no infinito construindo as suas adaptações próprias. Portanto, GAIA dissolve a sua Auto Consciência arrastando com ímpeto o Érebo profundo e estabelecendo as condições das quais são geradas a Energia Vital (ÉTER) e a Luz (DIA).

Por quê unida em amor? Porque Necessidade arrasta com ímpeto GAIA, que explode num redemoinho, enchendo o Érebo mudo e silencioso. O grande ato de amor por si mesmo do Universo! O grande ato de amor por si mesma da Auto Consciência, que através desse ato regenera a sua existência própria e a própria Consciência de Si mesma.

"Gaia do seio amplo!"

GAIA substância do que existe! GAIA matéria, através da qual se forma cada Auto Consciência do que existe! GAIA substância, mas não Consciência!

"Gaia, matriz segura para sempre de todos os imortais, que conservam o cume nevado do Olimpo, e o Tártaro nebuloso nos esconderijos da Terra de *amplos caminhos!*"

GAIA geradora de tudo o que nós consideramos que exista, que explodindo no CAOS incognoscível, gera o desconhecido. Do incognoscível Érebo à desconhecida Noite; do inconcebível vazio do nada ao repouso e ao silêncio da razão!

Desse modo, GAIA preencheu o Érebo, gerando o imenso Éter, que preenchendo de rumor Noite, mostra-se à razão como Dia! Noite silenciosa, em que as forças da vida se movem perseguindo os redemoinhos do Éter. Inflamando, com ruído da própria existência, a luz da Consciência!

Dia no Érebo!

Érebo de GAIA!

Assim se cala a imensa GAIA, para poder gerar no Érebo, e renunciou a existir para poder renascer impelida por EROS: o onipresente!

Agora enxergamos GAIA, na aparência e imagem de GAIA que foi, geradora e imagem de GAIA que será!

NOTA:Texto original 1999

(Trecho extraído da Obra de Claudio Simeoni *A Estirpe dos Titãs*, um trabalho iniciado em 27.12.1999)

A tradução foi publicada 22 de abril 2015

Aqui você pode encontrar a versão original em italiano

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Claudio Simeoni

Mecânico

Aprendiz Stregone

Guardião do Anticristo

Membro fundador da Federação Pagã

Piaz.le Parmesan, 8

30175 - Marghera - Venezia - Italy

Tel. 3277862784

e-mail: claudiosimeoni@libero.it

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A análise da Teogonia de Hesíodo

A Religião Pagã forjou uma visão própria do mundo, da vida e do vir a ser das consciências desde as origens do tempo. Tais ideias coincidem no tempo presente com as ideias das religiões e dos primeiros cultos antes da chegada da filosofia, e foram hostilizadas militarmente pelo ódio cristão contra a vida. Analisar Hesíodo nos permite clarificar o ponto de vista da Religião Pagã.