Nixe - a fadiga das mulheres ao parir

Os Deuses na Religião Romana
A Estrada de Ouro

Claudio Simeoni
traduzido por Dante Lioi Filho

Índice da Religião Romana

 

Nixe, tanto no singular como no plural, ao olhos do vidente são iguais a Mors.

Ambas representam o nascimento. Enquanto para Mors o ato através do qual o Ser Humano abandona o seu corpo físico é um ato único, onde o nascimento do Ser Luminoso não está diretamente relacionado com o cotidiano da razão, a morte do feto representa, no cotidiano da razão, o nascimento do corpo físico.

Três são os momentos fundamentais através dos quais acontece o parto: a união dos sexos opostos, a gravidez e o parto verdadeira e propriamente dito.

Três estátuas em Roma, diante do templo de Minerva, indicavam os esforços que as mulheres faziam para parir.

O sacrifício das mulheres sob a forma de estátua para que todos recordassem quanto sacrifício comportava alimentar a sociedade geração após geração.

Exatamente ao contrário dos cristãos, que se deleitavam em fazer a mulher parir com dor. O desprezo dos cristãos pelo Ser Humano feminino não tem limites.

O momento do parto constitui uma explosão de Energia Vital, um ato de vontade, com o qual o Ser feto entra no cotidiano da razão com um berro de vontade.

Também as ações praticadas e que lançam as bases do parir constituem atos muito potentes.

A relação sexual é um dos momentos de fusão de energia entre os mais potentes da Natureza; no Ser Humano excede com frequência. Uma das tentativas mais violentas cometidas pelos cristãos contra as sociedades civis é o de limitar a cópula somente para a finalidade do parto, de modo a impedir as fusões de energias que, libertando os Seres Humanos da Energia Vital Estagnada, afastava o deus deles. A guerra declarada pelos cristãos contra a sexualidade humana está incluída entre os delitos contra a humanidade.

A gravidez, para o Ser Humano Feminino, é um momento fisicamente muito trabalhoso, mas ao mesmo tempo, o crescimento do feto permite-lhe acelerar a sua Energia Vital própria impedindo, ou desacelerando, os processos de estagnação.

Para os cristãos, não somente o parto deveria acontecer com dores, mas durante toda a gravidez não deveriam ser poupados trabalhos, ao Ser Humano mulher, a qual deveria trabalhar duramente até o último dia da gravidez. Não somente deveria parir escravos para o Comando Social, mas ao fazê-lo deveria continuar a ser escrava para satisfazer a cobiça deste Comando.

É a imagem da família sagrada cristã que via em Nixe o seu inimigo.

Nixe está em recordação perene.

Um aviso aos Seres Humanos Masculinos para que não esqueçam.

Mas não são os Seres Humanos Masculinos que esquecem, ao contrário, um Comando Social que necessita dominar, com todo o coração e toda a alma, os homens, e para que possa atuar com a repressão nas camadas sociais mais fracas, se deleita com os sofrimentos infligidos ao Ser Humano Feminino.

Os cristãos muniram-se para ocultar no esquecimento a recordação de Nixe, para poderem afirmar que a piedade do seu deus açougueiro pudesse ser superior ao sacrifício contido na existência, e que não haveriam meios para sair desses sacrifícios que o seu deus impõe às mulheres.

Os cristãos impuseram a cruz acima dos atos mais elementares da existência humana para que os escravos pudessem viver na dor. Todavia, Nixe continua advertindo seriamente e hoje, pelo menos no ocidente e nos países industrializados, quase cessou o "parir com dor" e, em muitos casos, o próprio parir.

 

Texto de 1993

Revisado no formato atual: Marghera, junho de 2018

 

Aqui você pode encontrar a versão original em italiano

A tradução foi publicada 23.12.2018

 

Il sentiero d'oro: gli Dèi romani

A vida representada por Juno na 'Piazza delle Erbe' em Verona

 

O suicídio representada por Julieta em Verona

 

A Religião Pagã exalta a vida triunfando na ocasião da morte.

 

O cristianismo exalta a morte, a dor, a crucificação e o suicídio.

 

Por isso os cristãos desesperados têm um patrão, que lhes promete a ressurreição na carne.

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Claudio Simeoni

Mecânico

Aprendiz a Bruxo (Apprendista Stregone)

Guardião do Anticristo (Guardiano dell'Anticristo)

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A Religião da Antiga Roma

A Religião da Antiga Roma estava caracterizada por dois elementos fundamentais. Primeiro: era uma Religião elaborada pelo homem que habita o mundo, que é constituído por Deuses, e com estes ele mantinha relacionamentos recíprocos para interesses comuns. Segundo: a Religião da Antiga Roma era a religião da transformação, do tempo, da ação, de um contrato entre os sujeitos que agem. Estas são as condições que a filosofia estoica e platônica jamais compreenderam e, a ação delas deformou, até os dias de hoje, a interpretação da Antiga Religião de Roma, nivelando-a aos modelos estáticos do platonismo e neoplatonismo primeiramente, e ao modelo do cristianismo depois. Retomar a tradição religiosa da Antiga Roma, de Numa, significa sair fora dos modelos cristãos, neoplatônicos e estoicos para se retomar a ideia do tempo e da transformação em um mundo que se transforma.