Saúde - o bem-estar do corpo

Os Deuses na Religião Romana
A Estrada de Ouro

Claudio Simeoni
traduzido por Dante Lioi Filho

Índice da Religião Romana

 

Saúde é um Deus que se expressa no corpo durante o seu habitar o mundo. Saúde é o ser Deus de determinado corpo que configura a si mesmo na Natureza. Não é somente o estado daquilo que se é, mas é a condição que nos permite agir no mundo em que nascemos. Quando não manifestamos o Deus saúde, fechamo-nos em nós mesmos. O mal-estar físico abrange os nossos interesses, tudo passa a perder o seu valor, ao passo que a nós o que interessa é sair do mal-estar.

O bem-estar e a felicidade são duas condições irrenunciáveis da existência humana. É o estado através do qual o Ser da Natureza prossegue, sem sofrimentos, no seu próprio caminho para o adiantamento da Autoconsciência em direção à estrada do Ser singular. É a condição divina através da qual o Ser Humano segue o seu caminho característico para se tornar eterno, tornando-se Uno, isto é, inseparável do Universo, sem ter de sofrer constrições nas suas escolhas pessoais, sem padecer com ameaças que ocasionam uma condição de sofrimento subjetivo.

Saúde não é ausência de doença, Saúde é a possibilidade de superar a doença ou uma eventual minimização da mesma. Saúde é a condição que me permite escolher.

Assim é para cada Ser da Natureza.

Saúde era importante: e ainda agora é.

Saúde indicava a necessidade do Sistema Social de manter os seus membros com saúde porque, somente deste modo, o Sistema Social mantinha a sua própria saúde.

Somente quem está com Saúde pode agir para remediar as necessidades do momento. A doença é redução da possibilidade de agir. Um perigo, não apenas para o doente, mas também para o Sistema Social inteiro. Hoje, o Sistema Social, para assegurar que os seus membros estejam com saúde, recorre inclusive às vacinas que permitem uma intervenção preliminar antes que a doença surja.

Cada indivíduo deveria tomar conta do Deus que cresce dentro dele, pois somente Saúde garante ao corpo a continuidade nas suas escolhas pessoais para que ele possa transformar-se dia após dia.

A ideia de Saúde virá se opor à ideia cristã da dor. A dor, a inimiga de Saúde, será exaltada pelo cristianismo como ação eficiente do seu Deus na vida dos homens. Para o cristianismo, a condição de doença constitui a condição natural da vida do homem, porque é o meio usado pelo seu Deus para submeter o Ser Humano à provação. No ambiente religioso cristão a saúde constitui uma exceção, desejada por deus, para premiar o homem devoto.

O cristianismo tem a necessidade de impor a doença ao homem e, com a doença, está impondo a miséria física e o desamparo moral, como consequências. Ao contrário disto, a antiga religião romana necessitava de Saúde para que os cidadãos estivessem nas condições melhores para viver e defender a cidade.

Os cristãos, bloqueando os fluxos de Energia Vital dentro dos corpos dos Seres Humanos, conduzia-os "naturalmente" à doença. Além do mais, os cristãos, usavam a doença para poderem distribuir a sua piedade e, então, comprovar a ideia da providência divina. Em outras palavras, os cristãos necessitavam do mal para poderem demonstrar a existência do deus deles, pois ele recebia súplicas para aliviar os sofrimentos de corpos doentes.

É necessário recordar de Saúde para relacionar-se com ela. Como relacionar-se com Saúde? Tomando conta da existência individual. Tomando atenção em não nos prejudicarmos, inutilmente. Saboreando cada momento e, neste momento, forçando o próprio corpo a precipitar-se no céu do Conhecimento e do Discernimento.

Saúde é um aviso que estimula os Seres Humanos à ação.

Doença é um conceber constante dos cristãos.

Doença não deve ser confundida com Febre ou com Mefite. Estes são Seres em si mesmos que, existindo na objetividade, se relacionam com os Seres Humanos.

Doença, ao contrário, é um estado do Ser Humano através do qual ele se encerra em si mesmo renunciando mergulhar no céu da Sapiência e do Discernimento. Se este modo de ser se prolonga no tempo há, por parte do Ser Humano, a renúncia à evolução da Instrução e da Circunspecção: há a renúncia à vida!

 

Texto de 1993

Revisado no formato atual: Marghera, novembro de 2018

 

Aqui você pode encontrar a versão original em italiano

A tradução foi publicada 15.02.2019

 

Il sentiero d'oro: gli Dèi romani

A vida representada por Juno na 'Piazza delle Erbe' em Verona

 

O suicídio representada por Julieta em Verona

 

A Religião Pagã exalta a vida triunfando na ocasião da morte.

 

O cristianismo exalta a morte, a dor, a crucificação e o suicídio.

 

Por isso os cristãos desesperados têm um patrão, que lhes promete a ressurreição na carne.

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Claudio Simeoni

Mecânico

Aprendiz a Bruxo (Apprendista Stregone)

Guardião do Anticristo (Guardiano dell'Anticristo)

Membro fundador

da Federação Pagã

Piaz.le Parmesan, 8

30175 - Marghera - Veneza

Tel. 3277862784

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e-mail: claudiosimeoni@libero.it

A Religião da Antiga Roma

A Religião da Antiga Roma estava caracterizada por dois elementos fundamentais. Primeiro: era uma Religião elaborada pelo homem que habita o mundo, que é constituído por Deuses, e com estes ele mantinha relacionamentos recíprocos para interesses comuns. Segundo: a Religião da Antiga Roma era a religião da transformação, do tempo, da ação, de um contrato entre os sujeitos que agem. Estas são as condições que a filosofia estoica e platônica jamais compreenderam e, a ação delas deformou, até os dias de hoje, a interpretação da Antiga Religião de Roma, nivelando-a aos modelos estáticos do platonismo e neoplatonismo primeiramente, e ao modelo do cristianismo depois. Retomar a tradição religiosa da Antiga Roma, de Numa, significa sair fora dos modelos cristãos, neoplatônicos e estoicos para se retomar a ideia do tempo e da transformação em um mundo que se transforma.