Semo Sanco - o juramento sacro que reconhece e valida

Os Deuses na Religião Romana
A Estrada de Ouro

Claudio Simeoni
traduzido por Dante Lioi Filho

Índice da Religião Romana

 

É o Ser Humano que como Deus se apresenta no mundo.

A existência é tal para que eu faça o que digo e o que digo é o quanto faço, ou o que foi feito. Eu sou um só com as palavras e com as minhas ações. Eu vejo a realidade daquilo que os meus olhos percebem e, essa realidade, transmito a vocês sem engano porque isto constitui a realidade que me permeia e dela recebo força e vigor.

Semo Sanco é por isso um modo divino de ser do Ser Humano. Um modo de relacionar-se com o que está em seu derredor. Os irmãos Arvale traziam as suas insígnias, uma roda simbólica.

Repitam cem vezes o que são enquanto vocês são. O engano arrasta a razão de ser do engano padecido e assumido pelo Ser Humano como sendo próprio. Quem chama as coisas pelo nome verdadeiro não produz engano, mesmo se aquele nome parece estranho aos ouvidos de quem o escuta. Quem busca o por quê das coisas, sempre encontrará a verdade das coisas, ainda que usando de mecanismos obscuros e de palavras estrangeiras.

Esta era a mensagem que os irmãos Arvale queriam transmitir levando as insígnias de Semo Sanco.

O que Sanco sanciona ninguém pode negar.

Fazer-se Sanco significa arrancar a razão de ser das cosias com os olhos próprios, com o sentir individual e com o perceber privativo, e não com outros olhos, ou discernimento, de um outro ser.

Fazer-se Sanco é o único modo para honrar Sanco.

Sanco não existe em si, existe nos comportamentos dos Seres Humanos, no seu cotidiano, nas relações entre suas palavras, dentro da realidade em que agem.

Na antiga religião romana, jurava-se por Semo Sanco, e aquele juramento era sagrado porque o homem que o pronunciava era Semo Sanco.

De Semo Sanco, na língua italiana, deriva o verbo "sancire", que significa: Reconhecer e tornar definitivamente válido um ato oficial, ratificar, sancionar.

 

Texto de 1993

Revisado no formato atual: Marghera, novembro de 2018

 

Aqui você pode encontrar a versão original em italiano

A tradução foi publicada 25.02.2019

 

Il sentiero d'oro: gli Dèi romani

A vida representada por Juno na 'Piazza delle Erbe' em Verona

 

O suicídio representada por Julieta em Verona

 

A Religião Pagã exalta a vida triunfando na ocasião da morte.

 

O cristianismo exalta a morte, a dor, a crucificação e o suicídio.

 

Por isso os cristãos desesperados têm um patrão, que lhes promete a ressurreição na carne.

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Claudio Simeoni

Mecânico

Aprendiz a Bruxo (Apprendista Stregone)

Guardião do Anticristo (Guardiano dell'Anticristo)

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A Religião da Antiga Roma

A Religião da Antiga Roma estava caracterizada por dois elementos fundamentais. Primeiro: era uma Religião elaborada pelo homem que habita o mundo, que é constituído por Deuses, e com estes ele mantinha relacionamentos recíprocos para interesses comuns. Segundo: a Religião da Antiga Roma era a religião da transformação, do tempo, da ação, de um contrato entre os sujeitos que agem. Estas são as condições que a filosofia estoica e platônica jamais compreenderam e, a ação delas deformou, até os dias de hoje, a interpretação da Antiga Religião de Roma, nivelando-a aos modelos estáticos do platonismo e neoplatonismo primeiramente, e ao modelo do cristianismo depois. Retomar a tradição religiosa da Antiga Roma, de Numa, significa sair fora dos modelos cristãos, neoplatônicos e estoicos para se retomar a ideia do tempo e da transformação em um mundo que se transforma.